Factoring e FIDCS: entenda a diferença e saiba qual a melhor opção

Gestão Financeira
Redação EGS SistemasCriado 9/12/2022Atualizado em 22/05/2023 15:04
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É normal que em determinados momentos a empresa precise de um fôlego extra. Ainda mais com um cenário econômico delicado e toda a situação causada pela pandemia. Se as contas apertaram e você precisa de um dinheiro rápido para capital de giro, uma saída é recorrer à antecipação de recebíveis por meio de Factoring e FIDC.

Entretanto, como toda operação de crédito, é preciso planejamento, boa gestão e organização para não comprometer ainda mais a saúde financeira da empresa. Para isso, criamos este artigo com explicações sobre o que é Factoring e FIDC, as diferenças entre cada modalidade e como saber qual a melhor opção para sua empresa.

Continue a leitura para saber tudo sobre antecipação de recebíveis Factoring e FICDS!

Quando recorrer à antecipação de recebíveis

Para facilitar a explicação, daremos um exemplo bem simples. Vamos supor que você é o dono de uma loja de móveis planejados. Seus clientes, normalmente, efetuam as compras parceladas, tanto por cartão, mas a maioria usa o crediário próprio da loja.

Com a chegada do final de ano, as contas apertaram, afinal você ainda precisa pagar o 13º dos funcionários, aumentar o estoque para compras de fim de ano e quitar outros débitos.

Uma opção para resolver esse problema de falta de dinheiro é recorrer aos tradicionais empréstimos bancários. Entretanto, as altas taxas de juros complicariam ainda mais as contas da empresa.

Todavia, como você tem parcelas a receber, uma saída mais vantajosa é procurar uma empresa que “compra” esses seus créditos e te paga a vista. Ou seja, você antecipa o que você iria receber de qualquer forma, pagando uma taxa é claro, mas sem precisar fazer uma nova dívida.

Isso é a antecipação de recebíveis, que pode ser feita por duas modalidades: Factoring e FIDCS. Falaremos sobre cada uma delas a seguir.

O que é FIDICS?

FIDC é uma sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Basicamente, aqui estamos falando de um fundo composto por investidores qualificados, cuja administração é feita por uma instituição financeira. Ou seja, é uma espécie de condomínio de investidores.

O FIDIC é supervisionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que destina a maior parte do patrimônio para compra e venda de direitos de créditos de outras empresas, que podem ser, por exemplo, aluguéis, contratos, duplicatas, prestações, etc.

O que é FACTORING?

Factoring — também conhecido como fomento mercantil ou fomento comercial — é uma sociedade comercial. Ou seja, uma empresa que compra recebíveis de outras empresas. Trata-se, portanto, de uma operação financeira na qual a organização que possui títulos a receber comercializa esses direitos em troca de recursos imediatos.

As empresas de Factoring se enquadram na modalidade de prestadoras de serviços e não estão sujeitas às obrigações de instituições financeiras, como, por exemplo, bancos ou financeiras. Entretanto, apresentam incidência de impostos sobre as movimentações.

Qual a diferença entre Factoring e FIDICS?

Do ponto de vista mercadológico, ambas são praticamente a mesma coisa: antecipação de recebíveis. Todavia, a diferença consiste na organização jurídica interna. Se por um lado Factoring é uma forma de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), o FIDC é um patrimônio em condomínio, formado por investidores e regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Essa mudança impacta basicamente na forma que a antecipação de recebíveis será feita e no tipo de títulos que podem ser negociados. O FIDC permite a antecipação de recebíveis de cédulas, debentures, contatos, duplicadas e outras cobranças, enquanto Factoring compram apenas recebíveis de cheques pré-datados, duplicatas e notas promissórias.

As FIDCs tendem a apresentar taxas menores de juros, pagam mais rápido e contam com isenção de IOF. Já as Factoring apresentam a facilidade de menos burocracia, porém com taxas maiores.

Outra diferença é que os FIDCs apresentam direito de regresso ao cedente no caso de inadimplência, ou seja, se o cliente não pagar a dívida, ela volta para a empresa que vendeu. No Factoring isso não acontece.

Entenda qual a modalidade mais vantajosa para sua empresa

Como você deve ter entendido, Factoring e FIDICS são ótimas estratégias de antecipação de recebíveis em determinadas situações. Principalmente quando a empresa precisa levantar capital de giro para fluxo de caixa em curto período, mas sem comprometer a saúde financeira da empresa contratando empréstimos.

Entretanto, como apresentam diferenças, é importante ter bom conhecimento sobre a real situação da empresa para fazer a melhor escolha. Aqui, atente-se para o valor a ser recebido, importante lembrar das despesas e contas dos próximos meses, afinal, você está antecipando uma conta e, logicamente, não irá recebê-la futuramente.

Quanto a modalidade mais estratégica, considere o perfil do seu cliente, risco de inadimplência, taxas que ambas cobram e o tipo de título que está comercializando. Com essas infos em mãos, avalie se é melhor apostar em uma taxa menor, porém com mais riscos, ou com taxas maiores, mas com segurança.

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Atualizado em 22/05/2023 15:04

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